Notícia
Pesquisadora da Eslováquia visita IBB
Publicado em 26 de Junho de 2024 07:21
No mês de junho, a pesquisadora e professora Daniela Grulova, da Universidade de Presov, na Eslováquia, veio ao Brasil pela primeira vez para visitar o Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp - câmpus de Botucatu. O objetivo foi conhecer pesquisas semelhantes às suas realizadas na Instituição.
Atuando na área de Ecologia Vegetal e Ecologia Química, Daniela estuda, de maneira teórica e prática, diferentes linhas de pesquisas relacionadas aos setores, especificamente sobre herbicidas e pesticidas ecológicos.
“Com base nas minhas experiências e pessoas que conheci, eu decidi dar início aos estudos sobre os produtos naturais das plantas. Na prática, enxergamos os estudos como uma oportunidade para produzir herbicidas e pesticidas ecológicos”, explica Daniela Grulova.
Os herbicidas e pesticidas ecológicos, criados a partir de plantas ou determinadas espécies de fungos, agem contra os patógenos nas plantações, por exemplo, e tendem a ser menos agressivos em relação aos produtos comuns.
“Decidimos realizar algumas pesquisas com espécies de plantas invasoras. Primeiro, começamos com a espécie do gênero Heracleum - considerada muito perigosa para saúde humana e dos animais, afinal, ela produz uma seiva “foto-tóxica” que ao entrar em contato com a pele e exposição solar, causa queimaduras. Além disso, essas espécies possuem uma morfologia muito interessante, o que nos levou a tentar descobrir se elas possuem seivas, óleos essenciais, diferentes compostos, ou ainda se há alguma atividade biológica que possa suprir a flora natural ativa, desenvolvendo uma série de pesquisas com essas espécies. Outra espécie que fez parte do nosso repertório de estudos é a do gênero Solidago, e as pesquisas foram relacionadas à atividade biológica dos extratos dessa planta. Claro que tudo ainda está em desenvolvimento, mas entendemos que todas as plantas possuem fitoquímicos que podem ser uma fonte para a produção de herbicidas e pesticidas ecológicos”, destaca Daniela.
Ainda de acordo com a pesquisadora, conhecer pessoas que realizam trabalhos semelhantes é uma forma de dialogar e aprimorar as linhas de pesquisas.