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Câncer de bexiga mata 5 mil por ano; tabagismo e químicos estão entre fatores de risco
Publicado em 15 de Agosto de 2024 07:22
O câncer de bexiga é uma doença grave que, entre 2019 e 2022, causou cerca de cinco mil mortes por ano no Brasil, totalizando 19.160 óbitos nesse período, segundo dados do Ministério da Saúde. Além do tabagismo, que é o principal fator de risco, a exposição frequente a tintas e solventes também desempenha um papel significativo no desenvolvimento da doença. Quase 70% das vítimas foram homens, evidenciando um possível impacto ocupacional sobre a população masculina.
Identificar precocemente os sintomas, como a presença de sangue na urina, é fundamental para o diagnóstico e o tratamento eficaz da doença. O alerta é feito pelo urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein, José Roberto Colombo Junior. Segundo ele, a presença de sangue na urina normalmente é indolor e pode incluir coágulos. Outros sinais de atenção incluem ardor ao urinar e aumento da frequência urinária.
"Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, maiores são as opções terapêuticas e maior a chance de cura", ressalta Colombo Junior.
Embora o tabagismo seja o principal fator de risco para o câncer de bexiga, outros elementos contribuem para o desenvolvimento da doença. “Entre eles estão o contato frequente com solventes e tintas, infecções urinárias de repetição e o uso prolongado de sonda vesical”, enfatiza Colombo Júnior.
O diagnóstico do câncer de bexiga é sugerido por exames de imagem, geralmente ultrassonografia. Se houver suspeita, uma cistoscopia deve ser realizada para confirmação.
"A cistoscopia é realizada por meio da introdução de uma pequena câmera pelo canal da urina (uretra), permitindo que o urologista visualize o interior da bexiga", explica o especialista.
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