Notícia
Armas de mega-assalto de Araçatuba e Botucatu foram reutilizadas em crimes hediondos
Publicado em 05 de Março de 2024 07:39
Uma serie disponivel no portal UOL, mostra que armas e munições utilizadas no assalto ao Banco do Brasil em Botucatu e Araçatuba, foram reutilizadas em ações violentas no Estado de S. Paulo e até na morte de Marielli Franco, no Rio de Janeiro. As armas usadas foram todas 'furtadas' das Forças Armadas e Polícias de São Paulo.

A afirmação foi feita por Lehy Sudy dos Santos, chefe do Serviço de Perícias em Balística do Instituto Nacional de Criminalística, em entrevista exclusiva ao UOL. Ele complementou:
"Uma dessas armas, usada nos dois locais, bateu com um homicídio que havia sido cometido entre os dois assaltos. Então, começamos a ter o trajeto dessa arma no mundo do crime: ela estava no assalto em Araçatuba, foi levada para outra cidade onde foi cometido um homicídio e, depois, a mesma arma foi levada para outra cidade, onde ocorreu um novo domínio de cidade."
Outra investigação, sobre o domínio da cidade de Botucatu (SP), ocorrido em julho de 2020, identificou as origens das balas utilizadas no crime.
Grande parte delas foi desviada de órgãos de segurança pública, como Exército, Aeronáutica, Polícia Rodoviária Federal e polícias Militar e Civil de São Paulo. Um dos cartuchos encontrados em Botucatu é, inclusive, do mesmo lote utilizado no homicídio da vereadora Marielle Franco, no Rio, em 2018.
Além do caminho das armas de Araçatuba, foi possível também identificar vestígios biológicos de criminosos em diferentes localidades. Segundo a perita criminal federal Ana Paula Vieira de Castro, que atuou na investigação do roubo da cidade, por meio do processamento dos vestígios coletados na cidade, DNAs foram incluídos no banco de perfis genéticos da Polícia Federal. O video com a reportagem investigativa está disponivel para assinantes do UOL.